Vitamina D: quanto tempo leva para a suplementação fazer efeito? – Notícias

Vitamina D: quanto tempo leva para a suplementação fazer efeito? – Notícias



Indivíduos com deficiência de vitamina D costumam se queixar de dores musculares e nos ossos, fraqueza e até de depressão. Os suplementos de vitamina D3 aparecem como solução para repor os níveis deste nutriente – obtido naturalmente com a exposição à luz solar. Mas quanto tempo eles demoram até aliviar os sintomas desagradáveis? 


A vitamina D é fundamental para a absorção de cálcio no organismo. A suplementação só deve ser feita sob orientação médica mediante comprovação de deficiência por exame de sangue. As doses vão ser determinadas pela idade do paciente.


“Antes dos 50 anos, o nível considerado normal é entre 20 ng/ml e 30 ng/ml (nanogramas por mililitro). Mas, acima de 50 anos para as mulheres – depois da menopausa –, e acima de 60 anos nos homens, não deixamos abaixo de 30 ng/ml”, explica o presidente da Comissão de Comunicação Social da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), Ricardo Meirelles.



A duração do tratamento contra a deficiência, segundo Meirelles, “varia muito” e depende do organismo de cada indivíduo, sendo assim não há um período padrão ou limite.


“Não existe deficiência pequena, média ou grande. Existe deficiência ou não deficiência. Na deficiência abaixo de 20 [ng/ml], por exemplo, repomos até atingir níveis normais de vitamina D no sangue”, informa.


As doses do suplemento são receitadas de acordo com a quantidade de vitamina D encontrada na corrente sanguínea do paciente.


O especialista diz que deficiências de 18 ng/ml, por exemplo, podem necessitar de um comprimido de 50.000 UI (unidades internacionais) por semana até atingir os níveis normais.


“Quando normalizado, passamos a dar a dose de manutenção, que é em torno de 7.000 UI por semana – 1.000 unidades por dia”, acrescenta Meirelles.


Em casos de níveis baixos ou altos da substância, o endocrinologista conta que considera ideal fazer um exame de sangue a cada dois meses para reavaliar a dosagem do suplemento. Neste período, a pessoa já poderia sentir alguma diferença com a suplementação. 


“Preciso fazer o exame de sangue em dois meses e, se esta estiver normal, passo para a dose de manutenção (7.000 UI/semana). Se ainda estiver baixa, prescrevo 50.000 UI por semana, por mais dois meses. A consulta pode ser a cada quatro meses”, relata.


Importância da supervisão médica


Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais e do Instituto de Pesquisas René Rachou, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em 2020, mostrou que cerca de 875 mil brasileiros com mais de 50 anos estavam com deficiência de vitamina D.


Além do mais, 7,5 milhões de pessoas dessa faixa etária apresentavam níveis abaixo dos considerados saudáveis para essa substância.


Esse contingente, assim como os demais, não deve fazer uso de vitamina D por conta própria, pois tanto o excesso quanto a falta da substância no corpo humano podem trazer malefícios.


“[O excesso de vitamina D ocasiona] falta de apetite, náuseas, vômito, fraqueza, nervosismo e, geralmente, isso é por conta da hipercalcemia, do cálcio alto no sangue, porque o cálcio sai do osso e vai para o sangue. Enfim, causa sintomas gerais muito desagradáveis.”, alerta Meirelles.


E acrescenta: “o grande problema é que, atualmente, existe uma tendência de se usar megadoses de vitamina D para as pessoas ‘normais’, e isso não tem nenhuma vantagem. Só existe vantagem para a pessoa que tem deficiência”.



Por esse lado, é essencial que os indivíduos com sinais de falta de vitamina D fiquem atentos, pois ela pode causar raquitismo em crianças e osteomalacia – amolecimento dos ossos – em adultos. 


O profissional ressalta que “normalmente, a deficiência de vitamina D só pode ser reposta com a própria vitamina D”.


Logo, o paciente deve buscar o auxílio de profissionais responsáveis e especializados para tratar o problema. 


*Estagiária do R7 sob supervisão de Fernando Mellis.


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