Veja o ranking de todos os filmes, do pior ao melhor

De 1966 até hoje, o Batman é um dos heróis que mais ganhou adaptações e encarnações no cinema. Passando por Adam West a Michael Keaton, Val Kilmer, George Clooney, Ben Affleck e, finalmente Robert Pattinson, foram mais altos do que baixos e, por mais que todo mundo tenha um ator ou um filme favorito, decidimos fazer a nossa lista.

Perceba que incluímos apenas as versões em live-action, e que, portanto, ótimos filmes como A Máscara do Fantasma (1993) e Lego Batman: O Filme (2017) infelizmente ficaram de fora. Confira abaixo nosso ranking de filmes do Batman, do pior ao melhor:

10) Batman e Robin (1997)

Será que vale rever essa bomba hoje em dia? As lembranças não são boas: bat-cartão de crédito, lábios postiços do Robin, bat-mamilos, uma corrida em câmera lenta estilo Baywatch e um Bane bizarro. Talvez a Hera Venenosa de Uma Thurman se salve dessa? Fato é que Batman e Robin mais parece uma paródia à frente do tempo de Super-Herói: O Filme (2008). Não à toa, ficamos oito anos sem um novo filme do herói.

9) Batman vs. Superman: A Origem da Justiça (2016)

Bem… primeiro que este nem filme solo é, e só está na lista para que o Ben Affleck não passe batido – mas ele meio que passou, né? A ideia de adaptar o clássico Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, parecia ótima, e ver Batman e Superman saindo na porrada era algo inimaginável em outra mídia fora dos quadrinhos. Exceto que esse é o final da carreira do herói, o que é meio controverso para um ponto de partida no cinema. O Jesse Eisenberg como Lex Luthor não vingou e o “Martha” dividiu opiniões – mas o nome em comum das mães dos dois é o menor dos problemas do nosso penúltimo colocado.

8) Batman: O Homem-Morcego (1966)

Há algo de charmoso e nostálgico no Batman de Adam West, que para além da série de TV, ganhou filme em 1966. É bobo, infantil, colorido… como os quadrinhos eram antes da invasão soturna, séria e realista nos anos 1980. Há dias em que você só não consegue se livrar de uma bomba…

7) Batman Eternamente (1995)

É uma pena o que aconteceu em Batman Eternamente, principalmente porque ele sucedia o ótimo Batman: O Retorno e introduzia Val Kilmer no papel – na época, ele era um dos grandes galãs de Hollywood e estava com vontade de fazer jus ao personagem. No documentário “Val”, vemos como a paixão rapidamente deu lugar à frustração de um filme que apenas preparava terreno para o terrível Batman e Robin. Ainda que deslocado, Jim Carrey como Charada é algo a se recordar com carinho, muito mais pelo apreço ao ator. Pelo menos, “Kiss From a Rose”, do Seal, embala a trilha sonora.

6) Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)

A conclusão da trilogia do diretor Christopher Nolan tinha a ingrata tarefa de suceder aquele que você já deve imaginar em qual posição está. Ainda que brutal (e muito melhor do que aquele de Batman e Robin), o Bane de Tom Hardy jamais iria superar o Coringa de Heath Ledger – e nem era a intenção. O vilão, conhecido por quebrar o Homem-Morcego, tanto mentalmente quanto fisicamente, é bem adaptado, e a cena inicial do avião é tão memorável quanto a introdução de Cavaleiro das Trevas e do Batman de Pattinson. Mas nada explica aquela morte teatral de Talia (Marion Cotillard). No fim, é um bom desfecho, e a partir daqui na lista, praticamente só tem coisa boa.

5) Batman Begins (2005)

Como o próprio nome “Begins” sugere, este filme reapresentou o herói para todo um novo público – e se o Bat-Keaton mudou a percepção de quem estava acostumado com o Bat-West, podemos dizer que Batman Begins fez o mesmo com quem teve Batman e Robin como último contato. A Gotham de Nolan funciona muito bem a seu tempo, assim como todos os atores envolvidos – o Gordon de Gary Oldman merece destaque. Também fale exaltar como o diretor escolheu dois vilões que, normalmente, não iniciariam uma trilogia: Espantalho, do frio e calculista Cillian Murphy, e Ra’s al Ghul, de Liam Neeson.

4) Batman: O Retorno (1992)

Aqui entramos em um ponto controverso, pois tenho plena ciência de que muitos preferem Batman: O Retorno ao primeiro Batman de Burton. Nesta continuação com Michael Keaton, o herói enfrenta o Pinguim (Danny DeVito) e a Mulher-Gato, em performance magistral de Michelle Pfeiffer – provavelmente, eternizada como melhor Selina Kyle do cinema. Se desse para dois filmes ficarem na mesma posição…

3) Batman (1989)

O uniforme não permite muita movimentação do pescoço, Michael Keaton não tinha o físico de Bruce Wayne – mas quem se importa! O Batman de Tim Burton traz uma Gotham City gótica ao melhor estilo do diretor e um Coringa de Jack Nicholson que briga até hoje com Heath Ledger pelo topo – já fui do time Ledger, de Nicholson, depois alterei… A relevância do longa é gigantesca, influenciando não só a ótima série animada do herói como encorajando toda uma indústria a adaptar heróis no cinema. Pensando aqui, o Batman é o herói que mais teve primeiros filmes bons, né? Isso nos leva a 2022.

2) Batman (2022)

Gotham chuvosa, Nirvana na trilha, lápis no olho que não some milagrosamente ao tirar a máscara e um olhar vazio, de quem está consumido pelo trauma da perda dos pais e desconta a fúria noite adentro em criminosos. O Batman de Robert Pattinson e do diretor Matt Reeves traz a abordagem mais detetivesca do herói já vista no cinema em uma investigação noir para impedir que o Charada mate mais figurões corruptos de Gotham. Trilha de Michael Giacchino está à altura das de Elfman e Zimmer, a Mulher-Gato de Zoë Kravitz encanta pelo olhar e modo de andar e o Charada de Paul Dano é um vilão amedrontador e patético que poderia existir na vida real. O recomeço para o Cavaleiro das Trevas e o início do Bat-Verso não poderia ser melhor.

1) Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)

Não tem como este primeiro lugar ser de outro filme, né? Ninguém tira Batman: O Cavaleiro das Trevas do topo, e dificilmente tirará algum dia. Parte do impacto deste segundo da trilogia de Nolan está no Coringa de Heath Ledger, que impressionou o mundo com sua interpretação do vilão e até venceu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante – infelizmente, postumamente à sua precoce morte. Aqui, temos o caso onde o coadjuvante justamente se sobressai ao protagonista, Christian Bale, em uma perseguição quase mútua que mostra como um não vive sem o outro. Há tantos momentos memoráveis, como a perseguição ao caminhão, a explosão no hospital, que fica difícil enumerar. Era o filme que a gente merecia e precisava em 2008 e o segue sendo em 2022.

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