
Diário do Alto Vale | PRF de Rio do Sul divulga de infrações mais cometidas na BR-470

Reportagem: Rafaela Correa/DAV
Infração de trânsito pode ser considerada qualquer desobediência às normas previstas pelo Código Brasileiro de Trânsito (CBT). No Alto Vale, considerando os meses de dezembro de 2021 e janeiro de 2022, as infrações mais cometidas na BR-470 são por dirigir com sistema de sinalização e iluminação comprometidos ou sem cinto de segurança.
Segundo levantamento repassado pelo posto da Polícia Rodoviária Federal, de Rio do Sul, há uma série de faltas leves e graves, mas que acabam colocando a segurança dos motoristas em risco.
Em dezembro de 2021, por exemplo, foram 191 notificações por conduzir sem cinto de segurança, 148 por conduzir com equipamento de iluminação e sinalização alterados, em terceiro lugar no ranking da lista, com 94 registros, ultrapassagens na contramão em linha contínua amarela. Na sequência, com 60 notificações, dirigir veículo em estado ruim de conservação, comprometendo a segurança.
Já no primeiro mês do ano de 2022, em janeiro, o número de infrações foi menor se comparado a dezembro. Mas as infrações mais cometidas são parecidas com as de dezembro, mas em primeiro lugar com 45 notificações está conduzir com equipamento de iluminação e sinalização alterados. Com 43 notificações, em segundo lugar no ranking da lista está a ultrapassagem em linha contínua amarela e com 42 registros, dirigir veículos em estado de conservação ruim comprometendo a segurança dos passageiros.
Se juntar todas as infrações do mês de janeiro, o número é de 688. Já no último mês de 2021, o número chega a dobrar, foram mais de 1400 notificações.
O policial rodoviário Manoel Fernandes Bittencourt, do posto da PRF em Rio do Sul, explica que a PRF faz ações de fiscalizações constantemente para coibir esses tipos de infrações e tentar proporcionar mais segurança aos motoristas.
“Na questão do cinto de segurança nós abordamos em palestras de escolas, empresas, fazemos comandos educativos, onde abordamos as pessoas e falamos da questão da importância do cinto e fazemos comandos específicos com foco na fiscalização do cinto para tentar coibir, mas o efetivo da Polícia é muito aquém do que deveria ser e infelizmente não dá conta de fazer ações que impactem a sociedade de forma a fazer com que as pessoas usem”, revela.
Já em relação à iluminação, ele diz que são infrações mais visíveis e que por esse motivo as fiscalizações são freqüentes.
“Fazemos fiscalizações diárias porque é algo que chama a atenção, uma infração que está à vista. Se pega um caminhão com iluminação errada, acaba colocando nos grupos deles e já deixa outros atentos para o erro e vai influenciando, não tem outra forma a não ser a fiscalização constante”, explica.
Questionado sobre a importância de manter os motoristas atentos para as normas de trânsito, Manoel afirma que não é apenas uma questão de trabalho de fiscalização, e sim de conscientização sobre segurança no trânsito.
“Com relação ao cinto de segurança, infelizmente a gente percebe que metade dos veículos abordados que tenham passageiros no banco de trás, principalmente, não usam cinto de segurança e é uma situação grave, porque quando se vê acidentes, colisões frontais que morrem pessoas do banco de trás são porque estavam sem cinto e foram projetadas. O não uso do cinto de segurança é muito grave, se as pessoas usassem o cinto, diminuiríamos o número de mortes pela metade. Metade das pessoas que morrem em acidentes de trânsito na BR-470 é porque não usavam cinto”, destaca.
Ele ainda chama a atenção para os perigos de alterar o sistema de iluminação dos veículos sem a devida inspeção. “As infrações são em função da febre do farol de led que a gente vê as pessoas usando. O farol de led não está regulamentado para uso no veículo, até pode ser usado desde que respeite algumas regras e haja inspeção. Se a pessoa simplesmente troca a lâmpada original e coloca um farol de led ela está ocorrendo nessa infração de alterar o sistema de iluminação. É perigoso porque é muito forte e pode cegar o motorista do sentido contrário e contribuir para ocorrência de acidente”, finaliza.